segunda-feira, 19 de março de 2012


Este blogger tem como objetivo demonstrar a importância da história local, para levantar o autoestima dos moradores do bairro de Cajazeiras, para assim conhecerem o processo de urbanização deste Bairro e se reconhecer dentro deste processo histórico e cultural.

Cajazeiras e sua relação com Miolo de Salvador


O “miolo” situa-se entre a Avenida Luiz Viana Filho (Paralela) e a BR-324, ao norte até os limites da cidade com o município de Simões Filho. A ocupação dessa área central da cidade começa a ocorrer a partir da década de 1950 com a construção do aeroporto na periferia. Salvador necessitava de uma via de ligação entre o aeroporto e o centro urbano. Nesse período foi construída a avenida Aliomar Baleeiro conhecida como Estrada Velha do Aeroporto - EVA. De acordo com o Plano de ocupação para a área do miolo de Salvador (1985) foram definidos 4 pólos de ocupação: Região do Cabula, Região de Pau da Lima /EVA, Área de Cajazeira e Área de Mussurunga/São Cristovão.

Os pólos foram sendo ocupados inicialmente com a construção de conjuntos habitacionais populares nas áreas de antigas chácaras e fazendas. A partir da década de 1970, de forma mais intensa, ocorre uma série de ocupações desordenadas, auto-construções, quando a população carente migra de outras áreas de Salvador ou provenientes do meio rural como forma de resolver o problema da moradia.
Segundo o Plano do Miolo, este crescimento urbano de Salvador depois de 1950 se concretizou na área através do incentivo à formação de assentamentos urbanos geograficamente dispersos, gerados inicialmente pela presença da antiga estrada de acesso ao aeroporto, a chamada Estrada Velha do Aeroporto, pelo loteamento de velhas chácaras agrícolas originando lugares como Cabula, Pernambués e outros, e finalmente pelos próprios investimentos de ocupação planejada que basicamente são os grandes conjuntos habitacionais ali existentes.

A expansão do transporte, que impulsiona o processo de ocupação urbana em Salvador, se mostra inicialmente no Miolo através da construção da Rua Silveira Martins (1965-1966). Também na implantação dos primeiros conjuntos habitacionais na então Fazenda Sete de Abril, pela Companhia de Urbanização de Salvador (CURSA), precursora da Habitação e Urbanismo da Bahia (URBIS), a qual sofreu um processo de liqüidação. Desta maneira, é possível afirmar que, desde o princípio, a Companhia de Habitação Popular (COHAB), foi indutora da expansão urbana periférica.
A criação, entre finais de 1960 e começos de 1970, da Avenida Luiz Viana Filho, mais conhecida como Avenida Paralela, situou o Miolo em uma posição estratégica - entre dita Avenida e a BR 324 -, o que contribuiu tanto a acelerar sua ocupação, como para estimular ainda mais a especulação imobiliária na cidade.

No ano de 1970, os assentamentos mais significativos do Miolo eram o Cabula, Pernambués, Pau da Lima e São Gonçalo do Retiro. No que restava da área, a população se encontrava diluída em núcleos espontâneos, como a Palestina, ou de ocupação planejada, como é o caso de Castelo Branco. Embora algumas propriedades agrícolas de pessoas de média-alta e alta renda tenham resistido, proliferaram-se os loteamentos ilegais em grande escala.
É a partir deste período que o Estado começa a atuar no âmbito nacional, sobretudo com a implantação de infraestrutura urbana e o desenvolvimento de programas de habitação. Na área do Miolo, a execução e consolidação de projetos como Castelo Branco, Narandiba, Mussurunga e Cajazeira, ditam os rumos da ocupação, acelerando a expansão periférica e aumentando os vazios entre a área urbana contínua e o limite urbano municipal.

Na época do chamado Milagre Brasileiro - entre os anos 1968-1974 -, os programas urbanos foram estendidos mas acentuou-se a concentração da renda gerada, deteriorando ainda mais as condições de vida urbana. Também é neste período que se registra a presença destacada das invasões no Miolo, como a que originou o atual bairro de Tancredo Neves. 

As fazendas de Cajazeiras...


     
    Cajazeiras é um conjunto habitacional de Salvador, com cerca de 600 mil habitantes e intenso comércio. O bairro de Cajazeiras começou a surgir em 1977 numa área de três antigas fazendas, quando o então governador Roberto Santos desapropriou as terras pertencentes às fazendas que, desde o século XIX, cultivavam laranja, café, mandioca e cana-de-açúcar. 
         Havia muita área verde oriunda da Mata Atlântica que ainda circunda a região, situada entre a Estrada Velha do Aeroporto e a BR-324.  Cajazeiras é um bairro marcado pela existência de vários conjuntos habitacionais, sendo um dos maiores dessa natureza na América Latina. Bairro de grande atividade comercial de Salvador, possui uma vida própria de rica cultura e de carências. Sua pedra fundamental foi colocada pelo então governador Antônio Carlos Magalhães, porém as obras só foram iniciadas no governo João Durval.

Compõe-se dos setores: Cajazeiras 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 e 11, Fazenda Grande 1, 2, 3 e 4, Águas Claras e Boca da Mata. 

Algumas modernizações em Cajazeiras


Urbanização


Aumento na Frota de Transporte para Jaguaripe I







Comércio crescendo...

Agência em Cajazeiras


Vários cursos profissionalizantes... inclusive o de idiomas









Entrevista com morador do bairro de cajazeiras


  Plabo trindade, 25 anos que mora no bairro

Por que escolheu morar em Cajazeiras?

É um bairro tranqüilo, com imensidão e necessidades de uma cidade, isso faz de cajazeiras um bairro calmo, alegre com perspectiva  de vida boa, e você encontra tudo que precisa.


Considera Cajazeiras um bairro histórico? Por quê?

Por ser remanescente de quilombo, antigamente cajazeiras eram três grandes Fazendas (Fazenda Grande, Águas Claras e Fazenda Cajazeiras, onde comercialização e prisão de escravos eram bastante alta, uma das suas marcas é a Pedra de Xangô, onde os escravos onde os Escravos passavam pela Tenda do meio da Pedra e conquistavam sua liberdade, indo para o Quilombo da Abaeté.


Quais os pontos turísticos de Cajazeiras?

A pedra de Xangô, importante símbolo quilombola tem como marca a resistência e luta pela liberdade dos escravos. o Rio Ipitanga importante manancial que abastece cerca de 40% dos bairros de Salvador.

Pontos turísticos marcantes....




Campo da  Pronaica





Praça



Fazenda Grande II, CAM 1F

Rio Ipitinga um importante manancial que abastece cerca de 40% dos bairros de salvador ( projeto parque aquático).

Pedra de Xangô tem como marca a resistência e luta pela liberdade dos Escravos, localizada na Faz Grande II.



 Sorveteria bola grande CAJ X


Rótula da feirinha